Uma tentativa de conter ou proteger, separando do mundo, algo precioso que a ele também pertence. Criar uma membrana que acomoda a joia, e imprimir nela a imagem daquilo que se deseja cuidar: o amor. O amor, tal como bicho instruído, como nomeou Drummond, isto é, a sua forma mais pura, instintiva e sensível.
Foi pensada como uma casa, espaço de repouso e proteção. Em sua superfície, desenham-se linhas e traços orgânicos, de curvaturas e ondulações, que são próprios do fazer artístico da designer argentina Lucrecia Rey Caro.
O coração, símbolo primário quando se fala em amor, passa a ganhar contornos menos rígidos e mais abertos. O rosto desenhado que aparece mais como um semblante, sem definições, cria esse espaço aberto e contínuo do sentimento amoroso. O amor nutrindo-se de um não acabar, de um infinito que é convite para a aproximação.
convite para um visitar o outro - o amor
