Les Belles Personnes
Vilma: a fotógrafa por trás da coleção Sicília da Grasse
Conheça Vilma, a fotógrafa lituana que dá vida à coleção Sicília com um olhar poético e sensível.
Sua trajetória artística reflete uma busca constante por capturar luz, movimento e emoção. Com trabalhos que transitam entre paisagens mediterrâneas e composições orgânicas, Vilma já assinou diferentes campanhas da Grasse, sempre revelando a essência da marca em imagens que parecem poesia visual.
Les Belles Personnes é uma série que celebra pessoas que inspiram pelo modo como vivem, criam e olham para o mundo — encontros onde a vida cotidiana se transforma em poesia.
ENTREVISTA
Quem é Vilma e como sua origem influenciou seu olhar fotográfico?
Sou originalmente da Lituânia, e diria que isso me moldou profundamente. É um país pequeno, onde passei a infância e juventude. Essa conexão me deu um amor imenso pela natureza — algo que até hoje está no coração da minha fotografia.
Vivi em vários países e cada um deixou sua marca em mim. Da Lituânia, carrego minhas raízes e esse vínculo com a natureza. Na Inglaterra, mergulhei na moda, o que despertou meu interesse em unir fotografia e estilo de forma sutil. Na Dinamarca, enquanto estudava moda, absorvi a influência do minimalismo escandinavo.
Minha carreira de fato começou em Barcelona, uma cidade cheia de energia criativa, que me deu coragem para seguir a fotografia profissionalmente. Agora vivo em Mallorca, e amo estar aqui. Sinto-me conectada, próxima ao mar, à natureza e ao calor — é como voltar a mim mesma, ao propósito da minha alma.
Quando a fotografia entrou em sua vida?
A fotografia entrou na minha vida na adolescência, ainda no ensino médio. Uma amiga me apresentou e, pouco depois, comecei a frequentar uma escola de artes — embora, naquela época, nada muito marcante tenha saído dessa experiência. Nos últimos anos de escola, criei um blog de moda e comecei a fotografar com mais frequência.
O que começou como interesse rapidamente se tornou uma das minhas maiores paixões. A fotografia sempre esteve lá, constante. Eu levava minha câmera para todos os lugares. Com o tempo, fui evoluindo naturalmente — comecei registrando a natureza, depois arquitetura e, por fim, pessoas. Não foi uma mudança repentina, mas uma relação em constante crescimento com essa forma de criar.

O que você sente quando está atrás da câmera?
Quando estou fotografando, sinto-me completamente presente. Às vezes até esqueço de respirar. É como um estado meditativo em que tudo se mistura, quase como uma dança. É difícil explicar, mas quem tem uma paixão verdadeira vai entender esse sentimento.
A experiência mais próxima que posso comparar é a cerâmica. Quando trabalho com argila, sinto algo parecido. Para mim, a fotografia é salvação, meditação, remédio. É como voltar para casa a cada clique. Não é apenas uma prática, mas um processo belo, uma jornada que nunca para de se revelar.

Vilma usa Argola Sinuosidade
Como foi traduzir a luz e as cores da Sicília para a campanha?
A Itália é um lugar lindo, e a Sicília tem uma paisagem muito especial. A luz lá é diferente. Não importa onde você esteja, em qualquer estação, a luz sempre muda — e na Sicília ela tem algo único.
Sempre tive uma conexão especial com ilhas, então voltar à Sicília foi muito significativo. Estar lá me permitiu capturar sua beleza do meu jeito, com meu olhar, e criar uma narrativa enraizada na natureza, cercada pelo mar. Ficar em uma casa tão bonita, imersa nesse ambiente, foi como viver um sonho.
Fotos Campanha Sicília por Vilma
Qual é o papel das joias em sua narrativa visual?
Sou uma pessoa muito minimalista. Para mim, a chave está na simplicidade. Quando consigo enriquecer uma fotografia com um detalhe que adiciona valor ou conta uma história mais profunda, é aí que a mágica acontece. Sempre busco manter o equilíbrio entre cores e texturas, para que o trabalho se mantenha leve e único.
Pessoalmente, não uso muitas joias, mas as poucas que tenho carregam significados emocionais fortes. E no fim, é sempre sobre isso: criatividade, conexão e emoção. O que importa é a história e o sentimento por trás.
Vilma usa Brinco Sole e Anel Morfeu
Como você recarrega sua energia criativa?
Acredito muito em energia, no universo e até na astrologia, então é essencial para mim encontrar momentos de pausa para recarregar. Amo fotografar, socializar, conhecer pessoas novas — poderia seguir assim sem parar. Mas depois de semanas intensas, sinto a necessidade de voltar para dentro.
Nesses períodos, passo mais tempo sozinha, em casa, criando pequenos rituais: preparar meu chá favorito, tomar café, escrever no diário, praticar yoga de manhã, purificar meu espaço com sálvia, acender velas. São coisas simples que me fazem sentir equilibrada e conectada comigo mesma. Posso facilmente passar uma semana assim, em silêncio, antes de voltar ao mundo novamente.


Se a fotografia fosse uma linguagem, o que ela diria?
Para mim, a fotografia é de fato uma linguagem — forte, não verbal, visual. Ela pode tocar as pessoas de formas que as palavras muitas vezes não conseguem. Tem ritmo próprio, centro próprio, e é por isso que a vejo como arte. A fotografia precisa ser consciente, ter propósito, carregar poder. É uma ferramenta de conexão entre pessoas e almas, muitas vezes através de mensagens sutis, que não são óbvias. Amo quando uma imagem provoca pensamento, desperta conversa ou convida à reflexão. Para mim, a fotografia é essa forma de expressão que vai além das palavras.

Semijoias que contam histórias
Na Grasse, acreditamos que as acessórios não são apenas adornos. São símbolos, memórias e gestos de beleza que iluminam a vida cotidiana. O Brinco Sole e o Anel Morfeu são parte da coleção Sicília | Mar Tirreno, criados para traduzir em formas atemporais a poesia do Mediterrâneo.
Descubra a coleção completa e encontre nas semijoias Grasse peças que contam a sua história.
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